segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uni[Verso]

Mônadas Alvíssimas
Lentamente pulsam
Vidas movediças
Nas tramas que se edificam

Em um silêncio marrom
Algo quente que borbulha
Na primeira instância do som
Simétrico triz de fagulha

Já são dois na imensidão
É um estranhamento
A primeira visão
Estremecimento

O primórdio:
Da Dor
Do Som
Da Cor e Ódio

O Amor é tardio
Tem luxo e abundância
É vencimento lascivo
Tudo ainda vem de longa distância

No infinito que é sonho
Deu-se música
Deu-se beleza
Reflexivamente escoa e ecoa

Em todas ondas roxas
Nas faixas sonoras escuras
Todos lamentos e sorrisos
Ascendem e descendem mundos
(José Humberto Ribeiro)

3 comentários:

  1. Maravilhoso o seu blog!
    Ele representa muitas de minhas cegas paixões, que são a literatura e a filosofia na essência de Clarice e Nietzsche vivendo e queimando em mim!
    Um grande abraço
    joao.

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  2. Saudades do homem pássaro.. e do tempo em que eu dava meus vôos razantes por aqui..

    casa abandonada :/


    Ester

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  3. Parei para ler esse texto melhor...

    Que profundidade!
    Vc está escrevendo muito bem Beto,
    com a alma,
    é hora de começar pensar em edição, meu caro!

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