segunda-feira, 30 de março de 2009

Nobody Home (Roger Waters - Pink Floyd)


Eu tenho um pequeno livro preto
Com meus poemas dentro dele
Eu tenho uma bolsa com uma escova de dente
E um pente dentro dela
Quando eu sou um cachorro bonzinho
Ás vezes eles me jogam um osso
Eu tenho fitas elásticas que mantêm meus sapatos amarrados
Tenho aquelas vaidosas mãos azuis.
Tenho treze canais de merda na TV para escolher
Eu tenho luz elétrica
E eu tenho intuição
Eu tenho surpreendentes poderes de observação
E isto é o que eu sei
Quando eu tentar conversar
No telefone com você
Não haverá ninguém em casa
Eu tenho o obrigatório cabelo permanente de Hendrix
E eu tenho as inevitáveis queimaduras de alfinete
Todas debaixo da minha camisa de cetim favorita
Eu tenho mancha de nicotina nos meus dedos
Eu tenho uma colher prateada numa corrente
Eu tenho um grande piano para sustentar meus restos mortais
Eu tenho olhos selvagens
Eu tenho um forte desejo de voar
Mas eu não tenho para onde voar
Ooooh Baby quando eu pegar o telefone
Ainda assim não haverá ninguém em casa
Eu tenho um par de botas Gohills
E eu tenho raízes enfraquecidas.

terça-feira, 24 de março de 2009

Transformando....


Bem, não sei. Quisera saber, mas só senti. Era de uma transformação orgânica. Um tom leve e suave de ópio. Depois aquarela. Agora cinza. Agora pardo. Agora preto. Agora.... olhos abertos. Agora passou. Bem-vinda. Aperta aqui! Faça o caminho de volta e escreva aqui. J.H.R.

sexta-feira, 20 de março de 2009

No Limite da Palavra............


“Quero escrever o borrão vermelho de sangue com as gotas e coágulos pingando de dentro para dentro. Quero escrever amarelo-ouro com raios de translucidez. Que não me entendam pouco-se-me-dá. Nada tenho a perder. Jogo tudo na violência que sempre me povoou, o grito áspero e agudo e prolongado, o grito que eu, por falso respeito humano, não dei. Mas aqui vai o meu berro me rasgando as profundas entranhas de onde brota o estertor ambicionado. Quero abarcar o mundo com o terremoto causado pelo grito. O clímax de minha vida será a morte." - Clarice Lispector

quinta-feira, 12 de março de 2009

Só para quem já caminhou.......


Os teus pés


Quando não posso contemplar teu rosto,
contemplo os teus pés.

Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.
Eu sei que te sustentam
e que teu doce peso
sobre eles se ergue.

Tua cintura e teus seios,
a duplicada purpura
dos teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouo levantaram voo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.

Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.


Pablo Neruda

segunda-feira, 9 de março de 2009

Inclua, some e não divida..

A cor das cores chama-se AMOR!!!
Eu amo os negros.
Eu amo os índios.
Eu amo os amarelos.
Eu amo os brancos.
Eu amo os vermelhos.
Eu amos os mestiços.
Eu amo os estrangeiros.
Eu amo todas as cores.
Eu amo os católicos.
Eu amo os espíritas.
Eu amo os budistas.
Eu amo os Muçulmanos.
Eu amo os evangélicos.
Eu amo todos os Deuses....
Eu amo os bichos.
Eu amo os verdes.
Eu amo a Terra.
Eu amo todos os seus habitantes.
O Amor é a cor das cores: é todas as cores!
Abra um sorriso colorido e abrace a todos os seus irmãos.
Tudo o que divide, separa, segrega, humilha é pura ilusão...
Na verdade somos todos irmãos e as fronteiras não existem... simples linhas imaginárias
Então se você quer, você pode!!!
Inclua, some e não divida..

J.H.R

quarta-feira, 4 de março de 2009

Verdade e Saúde

“Eu espero ainda que um médico filósofo, no sentido excepcional do termo - alguém que persiga o problema da saúde geral de um povo, uma época, de uma raça, da humanidade -, tenha futuramente a coragem de levar ao cúmulo a minha suspeita e de arriscar a seguinte afirmação: em todo filosofar, até o momento, a questão não foi absolutamente a ‘verdade’, mas algo diferente, como saúde, futuro, poder, crescimento, vida” (GC, Pr.2). F. Nietzsche