terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sinto muito... Compreendo pouco...

Quase nada, que ocorre. Algo perdido no escuro fundo que belisca. Um sol que esturrica fundo de poço secando após tempestade. É esse vai-e-vem de ser sendo sabe-se lá o que. Milhares passantes em dias corridos. Campos abertos de árvores, tempos de bichos grandes e pequenos, sobreviventes modernos de ir e vir mantendo o código. Código? Será? Eterna travessia. Devir. Quem é que sabe de si diante do mundo... amadurecer nessa raça é tornar-se pesado na cabeça... todo fruto maduro tem destino certo... morte, comida e semente. Se eu minto? Não sei... só vivendo para dessaber.

sábado, 28 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

"Eu quase nada não sei. Mas desconfio de muita coisa."

Grande Sertão: Veredas (J. Guimarães Rosa)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sujeito Invisível Unificado (PAT - Programa de Atendimento Telepático)



Um lance
De relance
A fala
O eco
O sentir
Ressentindo
Lugares
Músicas
Fatos
Romances
Um corpo
Um copo
Uma boca
Sendo seu, junto...
Unificado desejo de existir possuindo...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

De volta com um adeus...

Insisto

instante
instável
imerso
impossibilidades,
Recordo
Recobro,
Resito
Rejo
Rezo
Flutuo
Flamejo
Finalizo

Píncaro
...
Pó!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

É preciso entrar para saber que é preciso ficar de fora. Alma e corpo!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Guimarães Rosa

"Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Crepúsculo
No mato
Lagoa espelhada
Tudo feito
Laranjada
Vontade de beber
Embriagar
Ser bicho de novo
Minúsculo
Com mato

J.H.R.

domingo, 15 de agosto de 2010

Um acordo: parceria com as almas reservas. Vamos ver se pára essa confusão!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Andarilho

Quem chegou, ainda que apenas

em certa medida, à liberdade da razão, não pode

sentir-se sobre a Terra senão como andarilho –

embora não como viajante em direção a um alvo

último: pois este não há. Mas bem que ele quer ver

e ter os olhos abertos para tudo o que

propriamente se passa no mundo, por isso não

pode prender seu coração com demasiada firmeza

a nada de singular; tem de haver nele próprio algo

de errante, que encontra sua alegria na mudança e

na transitoriedade." F. Nietzsche

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro... "
Clarice Lispector

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Minha noção de consciência é o número: um. O SIM é o UM. O Um é o próximo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Para a minha amiga Águeda

Água Águeda

Há de ter uma água
Uma porção nesse pote
Algo que me dê suporte
Para essa brancura
Lonjura
Lisura de rosto
Que me foi posto
De miragem
De cristais
Ternura que nunca mais
Sonho...
Ventos
Vestidos
Sorrisos
Em vários tempos
Erguem-se dunas
Imensas belezas
Sussuram: ultrapasseeeee... ultrapasseeee
Vejo esses olhos oásis
Trêmulo disfarço
Mas bebo
Farto e saro
É a água!
Da minha santa
Do meu vilarejo
Água Águeda!

J.H.R

domingo, 1 de agosto de 2010

O Mito de Sísifo - Albert Camus












"Cenários desabarem é coisa que acontece. Acordar, bonde, quatro horas no escritório ou na fábrica, almoço, bonde, quatro horas de trabalho, jantar, sono e segunda terça quarta quinta sexta e sábado no mesmo ritmo, um percurso que transcorre sem problemas a maior parte do tempo. Um belo dia, surge o “por quê” e tudo começa a entrar numa lassidão tingida de assombro. “Começa”, isto é o importante. A lassidão está ao final dos atos de uma vida maquinal, mas inaugura ao mesmo tempo um movimento da consciência. Ela o desperta e provoca sua continuação. A continuação é um retorno inconsciente aos grilhões, ou é o despertar definitivo. Depois do despertar vem, com o tempo, a conseqüência: suicídio ou restabelecimento."