terça-feira, 5 de julho de 2011

Quase

Um ponto de luz raiando no fim
Ela pensa...
O horizonte acorda e se separa do mar
Eu entendo...
Por cima tudo espelhado e fingindo paz
Ela percebe...
Nos altos e baixos de ondas a ferocidade
Afogo-me...
No mastro, a antiguidade zelada de gaivotas
Ela desespera e pede socorro
Lá embaixo, no escuro.. trilha sonora de baleias
Eu... um blues do mar!...
Agora, braços dados, cabeça no chão...areias...
Cinema de estrelas... uma pisca.
Ela responde...
O branco frita em sal, espraiando
Puxo a rede...
O amor?
Ela e eu?
Na maresia... nos objetos... na ferrugem
No para sempre... que vem!

J.H.R

3 comentários: