domingo, 24 de abril de 2011

Eu chego lá???

Eu quero me render às palavras. Entender que não alcanço o vácuo. Meu lugar inominável. Ausente, etéreo e perfeito. Perfeito apenas porque não é pronunciável. Conjugar é o meu forte. Força é defesa. Eu queria uma segunda chance com as palavras. Dar a elas o meu melhor. Mas elas são vaidosas e orgulhosas. A sua singularidade não existe e isso me perturba. A árvore dói! Eu quero a árvore em telepatia. É como música. Os instrumentos me falam diretamente. À melodia já me rendi. Faz o que quer em mim.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Diante dos olhos...

Eu queria compreender o cálculo estrutural da personalidade. Qual é o erro da equação que provoca a doença. Nada de científico, apenas mexer ali nos componentes dos afetos, desejos, traumas e perdas, força e poder. Mas para isso ainda quero o sujeito em movimento, com tudo isso sacudindo, visivelmente para mim, entendendo porque dá em Pisa e porque dá em Eilffel.


J.H.R

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Leve...

Um miligrama de alma que lhe sirvo honestamente, em forma de presente, para lhe erguer a uma altura que só você verá. A sua tatuagem de mim em ti - nosso filigrana.


J.H.R

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Não vejo...

Liquida-se um olhar obscurecido pela clareza de ver e desfocado de época. Pagando-se quase nada, leva-se também um par de olhos negros e turvos. O receptáculo transformador das imagens em palavras, por apresentar defeito, não acompanha a promoção. Recomenda-se não utilizá-lo na iluminação de nada e de coisa alguma. É apropriado para momentos de reclusão e para leituras em interiores - vivos ou mortos. É contra-indicado para seres muito felizes.


J.H.R