Miudezas que
vivo
Como água que
balança leve
Em gota
embaçada do orvalho inofensivo
Lá permaneço
horas com falta de ar ultraleve
Só um latido
pôde me despertar
Lindo e
esguio na praia a caminhar
Madrugada
raiando para os arredios
Eu e um cão
incógnitos para lá dos prédios
Salvo naquele
andar, brasinha de cigarro a denunciar
Dois
imediatos amigos sãos e salvos do falar
Agora, como
na vida, um pacto de hora
Ele vem
Eu vou
Ele vem, não
vou
Eu vou, ele
não foi...
Retorno à
gota de orvalho opressivo
Finjo
baixinho, feito impulso primitivo
Ignoro o
pacto de hora
Até que me
venha a última aurora