quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Presságio

Deu tudo errado,
Meu Deus!
Vejo aquelas margens
E não reconheço nada – véus!
Desço nessas correntezas vorazes
Aos turbilhões
Em afogamentos
Trombadas e ferimentos
Todos eficazes!
Aquela criança de olhos verdadeiros
Acena-me...
Daqui da foz tento segurar suas mãos
Como isso, nesses longos anos, tem sido em vão
É como chuva escorrendo em quadro recém pintado
Desço dessa cena e não sei mais o que é de verdade...
Naufrágio
Contágio de um presságio

J.H.R