“Quero escrever o borrão vermelho de sangue com as gotas e coágulos pingando de dentro para dentro. Quero escrever amarelo-ouro com raios de translucidez. Que não me entendam pouco-se-me-dá. Nada tenho a perder. Jogo tudo na violência que sempre me povoou, o grito áspero e agudo e prolongado, o grito que eu, por falso respeito humano, não dei. Mas aqui vai o meu berro me rasgando as profundas entranhas de onde brota o estertor ambicionado. Quero abarcar o mundo com o terremoto causado pelo grito. O clímax de minha vida será a morte." - Clarice Lispector
Frases do 'Meu Dia'
Há um ano
Ela escrevia ao dilacerar sua alma.
ResponderExcluirSacudiu palavras como niguém.
olá,
ResponderExcluirtem um selo em meu blog de divulgação do dia mundial da água, divulgue esta ideia.
bjocas
Ela só conhecia seus limites quando os ultrapassava..
ResponderExcluirexageradamente belo,
Lindo!!! "o grito áspero e agudo e prolongado, o grito que eu, por falso respeito humano, não dei." Quantas vezes deixamos de gritar...o grito engasga, mexe, e somos obrigados a engolir.
ResponderExcluirClarice era (é) de mais